Este Blog está dividido em temas dos mais variados assuntos relacionados a criação de Corn Snakes. Porém não é nenhum substituto para a pesquisa. Não confie unicamente neste blog, assim como em nenhuma informação dada a você por funcionários de lojas de animalis de estimação. Estas informações são bastante úteis, entretanto não devem ser unicamente confiadas. Encontre outras fontes de cuidado, compre alguns livros, tire suas dúvidas e faça muitas perguntas. Os assuntos esplanados neste Blog estão expostos na parte inferior nos "Arquivos do Blog". Esperamos que você encontre aqui material suficiente para ajudar a esclarecer suas dúvidas e curiosidades.
Caso tenha alguma matéria interessante ou complementar por favor envie para cornsnake-brazil@hotmail.com. Qualquer dúvida, crítica ou sugestão entre em contato conosco e não deixe de participar de nossa enquete.
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Obs 1: O gene hypomelanistico reduz a quantidade de melanina ou de pigmento preto. Ao contrário do gene de Amelanistico que elimina todo o pigmento preto o gene hypomelanistico o conserva porém em menos quantidade. Nota-se também que algumas das variações acima são muito raras e incomum de se obter, até mesmo por meio de cruzamentos. Obs 2: Mais adiante será feito um tópico sobre morfologia e cruzamentos detalhados, mas para a curiosidade de alguns pesquisadores aqui vai alguns das dezenas de cruzamentos conhecidos, estes listados são os mais comuns:
Snow (Amelanistica + Aneristica) Esta variação é composta da cor branca e manchas rosas. Estes serpentes predominantemente brancas tendem a ter amareladas algumas regiões do pescoço e da garganta quando maduras. Machas claras são sua característica podendo puxar levemente para os tons bege, marfim, rosa, ou amarelo. Blizzard (Amelanistica + Aneristica B) Segundo informações, se diz que estas Corns vem de um tipo "B anerythristic " capturada em 1984. Blizzards são totalmente brancas sem marcações ou padrão aparente. Ghost (Hypomelanistica + Aneristica A) Corn Snakes são um hypomelanistic anerythristic (tipo A) cobras. Eles apresentam vários tons de cinzas, castanhos, sobre um fundo levemente acinzentado. Phantom (Charcoal + Hypomelanistica) É necessário primeiramente se obter uma Charcoal e cruzar com uma Hypo para de obter a Phantom. Pewter Uma variação da Phantom, porém um pouco mais prateada e manchas mais leves. Butter (Amelanistica + Caramel) Um dois tons de amarelo com partes brancas entre as marcações. Amber (Hypomelanistic + Caramel) Amber são hypomelanisticas do caramel, com marcações sobre um fundo levemente marrom. Opal (Amelanistica + Lavander) Tem o tom rosa e púrpura como destaques.
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Reprodução

Alguém pode pensar que não ter membros atrapalha a vida amorosa, mas não é o caso das cobras. Quando uma cobra fêmea está pronta para copular, ela começa a liberar um perfume especial (feromônio) das glândulas da pele que têm nas costas. Quando sai para sua rotina diária, ela deixa um rastro de odor à medida em que se impulsiona sobre os pontos de resistência do solo (veja em Locomoção). Se um macho sexualmente maduro capta seu perfume, ele segue seu rastro até encontrá-la. A cobra macho começa a cortejar a fêmea, batendo com seu queixo na parte de trás da cabeça da fêmea, e rastejando sobre ela. Quando ela está desejosa, levanta a cauda. Nesse ponto, ele enrola sua cauda em torno da cauda dela para que a base de suas caudas se encontrem na cloaca (o ponto de saída para excreções e fluido reprodutivo). O macho insere seus dois órgãos sexuais, os hemipênis, que então se estendem e liberam esperma. O sexo das cobras geralmente dura uma hora, mas pode durar até um dia inteiro.

As Corn Snakes fêmeas se reproduzem uma vez por ano, geralmente no mês de Agosto ou aproximado; Corn Snakes colocam ovos (cerca de 15 a 20); elas costumam botar seus ovos na parte mais quente e úmida do terrário. É necessário acompanhar a gestação da fêmea principalmente nos dias finais, para que sejam recolhidos os ovos assim que os mesmos forem botados. Muitas vezes por falta de lugar adequado, a fêmea pode botar seus ovos no bebedouro, o que fará com que se perca os ovos se não repirados imediatamente. Uma caverna apropriada ou uma caixa com musgos e bastante umidade é ideal para a reprodução e o aproveitamento de todos os ovos.

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Locomoção

A explicação sobre a agilidade das cobras são as centenas de vértebras e costelas que estão intimamente ligadas a sua locomoção. Chamamos esta união de escamas ventrais. Essas escamas retangulares especializadas cobrem a parte de baixo da cobra, correspondendo diretamente ao número de costelas. As margens de baixo das escamas ventrais funcionam como a superfície de um pneu, aderindo ao solo e fazendo a propulsão da cobra para frente. As serpentes têm quatro métodos de movimento os quais estão especificados na figura acima.

Serpentino - esse movimento em forma de S, também conhecido como locomoção ondulatória, é usado pela maioria das cobras terrestres e aquáticas. Começando no pescoço, a cobra contrai seus músculos, impulsionando seu corpo de um lado para o outro, criando uma série de curvas. Na água esse movimento facilmente faz a propulsão da cobra para frente porque em cada contração ela empurra para trás parte do corpo d'água. Na terra, a cobra geralmente encontra pontos de resistência na superfície, como pedras, ramos ou saliências, usando suas escamas para empurrar todos os pontos de uma só vez, impulsionando-se para a frente.

Ondulação lateral - em ambientes com poucos pontos de resistência, as cobras podem usar uma variação do movimento de serpentina para se locomover. Contraindo seus músculos e arremessando o corpo, elas criam uma forma de S que tem apenas dois pontos de contato com o solo; quando se impulsionam, movem-se lateralmente. Uma boa parte do corpo fica fora do solo enquanto ela se move.

Retilíneo - um método muito mais lento para movimentar-se é o estilo lagarta ou locomoção retilínea. Essa técnica também contrai o corpo em curvas mas essas ondas são bem menores e se curvam para cima e para baixo, ao invés de para os lados. Quando uma cobra usa o movimento de lagarta, os topos de cada curva levantam acima do solo enquanto as escamas ventrais da base empurram o chão, criando um efeito encrespado similar a uma lagarta se movendo;

Sanfonado - os métodos anteriores funcionam bem para superfícies horizontais, mas as cobras escalam usando a técnica sanfonada. A cobra estende a cabeça e a frente do corpo ao longo da superfície vertical e então encontra um lugar para agarrar com suas escamas ventrais. Para conseguir se firmar bem, ela amontoa o meio do seu corpo em curvas apertadas que agarram a superfície ao mesmo tempo que traciona a parte de trás para cima; ela então salta para frente para encontrar um novo local para agarrar com suas escamas.

Obs: As serpentes não adotam apenas um maneira de locomoção, mas variam entre estas maneiras de acordo coma necessidade.


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Estrutura e crescimento

O comprimento das cobras varia de 1,20m a 1,50m, raramente ultrapassando isto. Centenas de minúsculas vértebras e costelas cobrem essa distância e se conectam umas às outras através de um sistema complexo de músculos, criando uma flexibilidade incomparável. Uma pele extremamente elástica se prende aos músculos e é coberta por escamas feitas de queratina, a mesma substância das nossas unhas. As escamas são produzidas pela epiderme, a camada externa da pele. À medida que a cobra cresce, o número e padrão das suas escamas permanece o mesmo, embora a cobra troque suas escamas muitas vezes no curso da vida.

Ao contrário das pessoas, que descamam constantemente a pele gasta soltando minúsculos pedaços, as cobras trocam todas as suas escamas e a pele externa de uma vez só durante um processo chamado de troca de pele. Quando a pele e as escamas começam a ficar gastas pelo tempo e atrito, a epiderme começa a criar novas células para separar a pele velha da camada interna que está se desenvolvendo. As novas células se liqüefazem, fazendo a camada externa amolecer. Quando a camada externa está pronta para cair, a cobra raspa as margens da sua boca contra uma superfície dura, como uma pedra, até que a camada externa comece a se enrolar ao redor da cabeça. Ela continua se raspando e rastejando até ficar completamente livre da pele morta. O processo de troca de pele, que leva cerca de 7 dias, podendo variar de acordo com a humidade e é repetido de tempos em tempos.

Como as pessoas, as cobras crescem rapidamente até atingirem a maturidade, o que pode levar de 2 a 4 anos, porém a partir de um ano e meio já podem se reproduzir se tiverem um bom desenvolvimento; contudo, seu crescimento, embora seja muito mais lento depois da maturidade, nunca pára. Esse é um fenômeno conhecido como crescimento interminável. Uma Corn Snake pode viver cerca de 12 a 15 anos, alguns criadores tem registros que chegam a cerca 20 anos.

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O que é Constrição?

Todas as serpentes são carnívoras, mas espécies diferentes possuem dietas bem distintas, que podem variar entre muitas espécies de animais. Nossa Corn Snake se alimenta basicamente de Ratos. Como criadores, as alimentamos com camundongos. Embora não possuam membros, as serpentes são caçadoras incríveis, agindo por meio da discrição, olfato ou velocidade. Todas devem engolir sua presa integralmente, sendo que esta costuma ser morta por ação do veneno da serpente ou por constrição, que é a maneira que a Corn Snake mata sua presa. Embora pequenas presas, como neonatos de camundongos, possam ser capturados e engolidos vivos, ratos adultos costumam oferecer uma resistência maior e lutar mais antes de se entregarem. Por isso, é necessário que a serpente mate estas presas antes de comê-las. A constrição consiste em que no momento do ataque, a serpente prende sua mandíbola no animal e enrolam seu corpo em volta da presa e apertam seus músculos, aplicando uma grande pressão, até que esta pare de respirar. A presa morre por asfixia e não por esmagamento. Corn Snakes são ótimas constritoras.
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Como pode uma cobra deslocar seu maxilar?

Embora as várias espécies de cobras tenham métodos diferentes de encontrar e pegar a presa, todas comem basicamente do mesmo modo, incluindo nossa Corn Snake. Suas mandíbulas incrivelmente expansíveis possibilitam-lhes capturar animais de tamanho muito maior e engoli-los inteiros. Enquanto a mandíbula superior do homem é fundida ao crânio e portanto imóvel, a mandíbula superior da cobra está ligada à caixa craniana através de músculos, ligamentos e tendões, o que permite mobilidade de frente para trás e de um lado para o outro. A mandíbula superior se liga à mandíbula inferior pelo osso quadrado, que funciona como uma dobradiça dupla de modo que a mandíbula inferior pode se deslocar, permitindo que a boca abra em até 150 graus. Além disso, os ossos que formam os lados das mandíbulas não estão fundidos na frente, como no queixo humano; em vez disso estão ligados pelo tecido muscular, permitindo que os lados se separem e movam independentemente uns dos outros. Toda essa flexibilidade é útil quando a cobra encontra uma presa maior do que a própria cabeça: a cabeça pode esticar para acomodar a presa.

Quando a cobra está pronta para comer, ela abre a boca e começa a "andar" com sua mandíbula inferior em direção à presa, ao mesmo tempo que os dentes curvados para trás seguram o animal (um lado da mandíbula puxa para dentro enquanto o outro se move para a frente para dar a próxima mordida). A cobra molha completamente a presa com saliva e por fim a traciona para dentro do esôfago. A partir daí, usa seus músculos para simultaneamente esmagar a comida e empurrá-la mais para dentro do trato digestório, onde é digerida e os nutrientes resultantes absorvidos.

Mesmo com todas essas vantagens, comer um animal vivo pode ser um desafio. Por causa disso, algumas cobras têm desenvolvido a habilidade de injetar veneno na presa para matar ou subjugar o animal antes de comê-lo. Algum veneno inclusive ajuda a iniciar o processo de digestão. Cobras com esse eficiente instrumento precisam de um modo igualmente eficiente de colocar o veneno dentro do sistema do animal: presas. Porém nossa Corn Snake não possui veneno e muito menos presas afiadas, o que a faz obrigatóriamente uma ótima constritora.

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